Corpo encontrado pode ser de caminhoneiro desaparecido

A Polícia Civil localizou na noite desta quarta-feira (08), no município de Pedra Preta, um corpo em avançado estado de decomposição que pode ser de Antônio Marcos Alves, 52 anos, conhecido como Toninho. O caminhoneiro foi sequestrado em Rondonópolis, durante roubo da carreta que ele conduzia.

Morador de Comodoro, Antônio esteve em Rondonópolis no dia 23 de fevereiro, onde abasteceu a carreta com adubo em uma empresa. A polícia acredita que ele tenha sido sequestrado logo depois de sair do estabelecimento. A filha de Antônio chegou a trocar mensagens pelo WhatsApp do pai, mas suspeitava que os criminosos já estavam em posse do aparelho celular se passando por ele.

No dia 27, por volta das 22h, uma câmera de videomonitoramento registrou a passagem da carreta, modelo Trator Scania, pela cidade de Rondonópolis. No dia seguinte, o veículo foi localizado em Campo Verde e o motorista preso. Durante a abordagem policial, o suspeito entregou a localização da carga, mas não informou onde Antônio estava.

O veículo estava no pátio de um posto de combustível e a carga em uma propriedade rural, em um assentamento no município. Levado para delegacia, o suspeito foi autuado em flagrante por receptação. Com ele foram encontrados o aparelho celular e um cartão bancário do motorista desaparecido.

Na tarde desta quarta-feira, após denúncia recebida, uma equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis foi até uma ponte, próxima à Serra da Petrovina, no município de Pedra Preta, onde encontrou um corpo dentro de um saco plástico.

Um dos investigadores desceu até o local, que fica a 30 metros abaixo da ponte para checar se de fato se tratava de um corpo humano. Após auxílio do Corpo de Bombeiros, o corpo foi içado e encaminhado à Politec para a realização da perícia. Peritos acompanharam também o trabalho no local.

O delegado responsável pela investigação, Fábio Nahas, explica que o Instituto Médico Legal (IML) de Rondonópolis vai tentar a identificação do corpo pelas impressões digitais. Caso não seja possível, será realizada a coleta de material de familiares para o exame de DNA.

Somente com a realização de um dos exames será possível comprovar a identidade da vítima e a causa da morte, uma vez que o corpo estava já em estado extremo de decomposição, não sendo possível sequer apontar externamente se há marcas de disparo de arma de fogo ou de arma cortante, além de características que auxiliem na identificação.